quinta-feira, 24 de março de 2011

Parte do Livro " Triadas Estelares" de Juan Valdes








CAPÍTULOS

1.         O Contato Extraterrestre
2.         Dentro da nave - Os Antigos
3.         Em outro planeta
4.         As vidas simultâneas
5.         A Consciência fragmentada
6.         A explicação
7.         As raças extraterrestres na Terra
8.         A Terra como estação galáctica
9.         Os Portais Estelares
10.      A Realidade da humanidade
11.      Somos todos Um?
12.      Como sair da ignorância imposta
13.      O que fazer realmente para poder ascender  

 
Todos os fatos que são relatados neste livro são absolutamente reais, somente alguns lugares e nomes foram trocados para proteger os participantes. Conhecemos as grandes Leis universais e nosso desejo é somente colocar uma luz no caminho, pois estamos longe de querer criar mais confusão do que a já existente neste nosso sofrido planeta. Respeitamos o sistema estabelecido, mesmo que não façamos parte dele, respeitamos as religiões e sistemas filosóficos, conhecemos a trajetória sideral deste planeta e sabemos que muitas coisas mudarão para permitir que a vida se desenvolva em liberdade nas muitas dimensões às quais pertencemos como seres cósmicos associados.                                                                                           O AUTOR








O INICIO
 

O contato extraterrestre aconteceu na minha vida, em momentos em que eu menos esperava. Encontrava-me na América Central, especificamente no Panamá. Por circunstâncias difíceis de serem explicadas, acabei morando neste país tropical, que divide os hemisférios da América com o seu canal, famoso no mundo todo. Assim como nosso cérebro é dividido tendo uma ponte, Panamá, a Ponte das Américas é nossa glândula Pineal, e seu próprio nome já mostra seu significado: Pa – na – ma, Pa significa Pai, Na a união e Ma, Mãe.
Na época em que cheguei ao Panamá, procurei encontrar pessoas que fossem sensíveis e que procurassem um caminho espiritual coerente com a realidade planetária.  As religiões, filosofias e seitas esotéricas ocultas nunca me chamaram a atenção, me parecia que tudo isso era somente uma forma de se perder mais ainda no caos de pensamentos e crenças existentes no planeta. Queria algo mais direto, mais real, que me mostrasse de forma direta uma realidade superior. Reuni um pequeno grupo que semanalmente tratava temas relacionados aos mistérios da vida. Inventamos uma serie de aparelhos que montávamos cuidadosamente para tentar uma comunicação com inteligências superiores. O aparelho principal consistia numa pirâmide de medidas exatas com dois enrolamentos de cobre, os quais atuavam como transformadores da energia piramidal e terminavam em um capacete, no qual vários eletrodos conectavam esta energia ao nível do cérebro do operador. Logo se iniciava o processo de concentração do mesmo através de mantras. Um belo dia, o operador que portava o capacete começou a falar, de olhos fechados, e passou a nos transmitir o que diziam seres de outro sistema estelar: que estávamos prontos para efetuar um contato real com as suas naves. A euforia foi total, tudo indicava que o contato seria feito. Recebemos claras instruções de nos dirigirmos a um lugar situado a 400 quilômetros da cidade do Panamá na direção norte e o encontro seria às 4 da madrugada, num lugar que já tinha sido marcado no mapa pelo operador. Os dias que antecederam a data marcada foram de intensa atividade, estávamos realmente ansiosos, seria um momento especial que teria que ser aproveitado da melhor forma possível. Combinamos que este contato seria totalmente secreto, somente os que estivessem no local marcado seriam conhecedores e participariam desta experiência.
Faltavam 15 minutos para as 4 da madrugada, o grupo tinha se dividido em 4 carros para a viagem, somente escutávamos os ruídos dos insetos e uma bela noite premiava nossos esforços por um contato. Já tinha se passado meia hora depois da hora marcada para o encontro, quando me veio uma intuição para subir um pequeno morro que ficava a uns 50 metros de onde nos encontrávamos. Algo me dizia que alguma coisa poderia acontecer atrás daquele morro. Olhei para os outros, ninguém estava com vontade de se mexer, parecia que todos esquadrinhavam o céu à procura da nave, e novamente senti a intuição de caminhar para o morro. Bobagem, pensei, e continuei no mesmo lugar. As horas passaram e o sol começou a nascer, estávamos totalmente decepcionados pela falta de “responsabilidade” dos seres. Que classe de civilização é essa que marca um encontro e não aparece, pensava eu. A viagem de volta foi em absoluto silencio, ninguém se arriscava a olhar a cara um do outro, sentíamos que tínhamos acreditado em algo que não existia. Chegamos na cidade do Panamá novamente, marcamos uma reunião durante a semana e cada um continuou sua vida normal.
No dia marcado para a reunião, nosso principal intuito era perguntar aos seres o que tinha acontecido. Montamos nosso aparelho e logo que entramos em sintonia com eles, a pergunta foi:
P: O que aconteceu?
R: Nada
P: Então por que vocês não apareceram?
R: Estávamos lá durante todo o tempo
P: Pensamos que tudo ia ser no plano físico
R: Correto
P: Como assim?
R: Tudo foi no plano físico
P: Ninguém viu vocês
R: Vocês não estavam preparados
P: Como assim? Fizemos tudo o que vocês nos indicaram
R: Não foi suficiente
P: O que tínhamos que fazer?
R: Somente se comunicar
P: Com vocês?
R: Com vocês mesmos, entre vocês
P: Não entendemos
R: Foi passada uma mensagem para todos, todos vocês receberam a mensagem
P: Não recebemos nenhuma mensagem!
R: Ainda estão desconectados
P: Explique, por favor, qual foi a mensagem
R: A mensagem era que nossa nave estava estacionada atrás do pequeno morro...

Nesse momento, lembrei que tinha tido uma vontade intensa de caminhar para o morro, mas tinha ficado calado, não tinha comentado com ninguém. Olhamos uns aos outros e percebemos nosso erro, ninguém tinha falado nada e todos tinham sentido a mesma coisa.

P: Por que vocês não se apresentaram de qualquer forma?
R: Precisávamos que vocês atuassem como equipe em todo sentido, precisávamos que a fraternidade, a energia dos mundos superiores, atuasse através de vocês. Dessa forma, mostraria que o grupo é realmente uma equipe. Tentaremos no futuro.

A comunicação foi encerrada e o grupo estava realmente totalmente desanimado. Até eu me sentia chateado comigo mesmo e também com eles, o grupo e os seres.
Desde aquela vez nossas reuniões pararam, eu senti que tinha que me dedicar a trabalhar e a ganhar dinheiro e esquecer todas essas loucuras. Essa experiência tinha tido a força de me tirar essa energia e de me levar novamente a enfrentar a minha realidade como ser humano na Terra, ser humano que tinha que trabalhar para poder sobreviver.

Passei a trabalhar normalmente, como todo o mundo, uma vez ou outra recebia a chamada telefônica de algum amigo ou participante do grupo, e minha resposta era para que ele cuidasse da vida como eu estava cuidando da minha e para esquecer que existem seres extraterrestres, pois se eles existem, eles não querem se comunicar conosco e ponto final.

Muitas coisas tinham acontecido na minha vida antes de chegar a esse estado de coisas. Entrei aos 15 anos na Escola de Aeronáutica em Santiago de Chile, o país onde nasci, junto às brancas cordilheiras andinas que marcaram minha infância e adolescência com seu murmúrio de profundos e insondáveis mistérios. Dos 18 aos 22 anos, viajei pelas Américas, de carona, morei nos Estados Unidos, tinha o sonho de entrar no edifício das Nações Unidas em Nova York e assim aconteceu. Voltei a Santiago para continuar meus estudos de engenharia na então UTE, universidade ligada com os movimentos sociais da época. O Brasil místico e verde me chamou no inicio dos anos 70 e decidi encarar esse novo desafio, que realmente me trouxe grandes experiências, muitas delas relacionadas com a espiritualidade. Mas, voltemos à cidade do Panamá, onde tudo aconteceu.


CAPITULO 1
O CONTATO EXTRATERRESTRE

Sempre fui uma pessoa totalmente ligada com a Terra, mesmo assim desde que era criança, minha parte espiritual me levou a desafiar os dogmas estabelecidos e a tentar encontrar explicações coerentes para os grandes mistérios que se apresentavam na minha vida, principalmente através das filosofias e religiões.
Em 1989 me encontrava na cidade do Panamá onde acabei ficando por estranhas circunstâncias que algum dia pretendo relatar. No ano de 1993, aconteceu algo dramático que mudou totalmente o rumo da minha vida. Fui levado em forma consciente para o interior de uma espaçonave procedente de outras esferas universais. Devo confessar que sempre afirmei, antes desse contato, que só acreditava naquilo que eu conseguisse ver ou tocar, no âmbito espiritual. Se alguém falasse para mim que se comunicava com Seres de outras dimensões, não acreditava, mesmo que a afirmação viesse de uma pessoa séria. No fundo queria acreditar, mas sempre alguma coisa me mostrava que podia ser uma ilusão ou uma fantasia.
Naquela noite, na cidade do Panamá, fiquei acordado até tarde, não conseguia dormir, o calor era quase insuportável, meus pensamentos eram como formigas dentro da minha cabeça. Levantei e fui até a sacada do apartamento, eram 11 horas da noite e uma brisa fresca começava a deixar o ambiente agradável. Peguei uma cadeira de praia e levei para a sacada. A cidade mostrava suas luzes e o mar se mostrava calmo, morava num apartamento de frente para o mar (Avenida Balboa). Antes de se chegar ao mar só tinha uma bela praça, era um lugar bonito. Sentei e comecei a pensar em tudo o que tinha acontecido antes desse momento, minha vida parecia um filme ante meus olhos, minha viagem por toda a América, desde o Chile até os Estados Unidos por terra, de carona, tinha deixado marcas indeléveis na minha alma. Alguma coisa tinha acordado dentro de mim, uma pequena voz me falava às vezes da transcendência das coisas sagradas e do espírito eterno. Existia uma imensa luta dentro de mim. Não existia um limite para a espiritualidade e a materialidade, a pesar de isso, elas estavam separadas uma da outra como a água e o óleo, eu não conseguia integrar as duas, era como os dois lados de meu cérebro, que dividia minhas atitudes perante a vida assim como dividia minha cabeça, tudo tinha que ser completo de uma forma ou outra. O conflito nascia desta divisão hipotética e ilusória, mas muito real nesse momento dentro de mim. Era como o velho Hamlet se defrontando com seus fantasmas: ser ou não ser? Onde se encontrava realmente a magia e o poder que poderia integrar totalmente os dois lados, transformando minha vida de forma harmoniosa? Sentia que existia um imenso rio caudaloso que queria fluir através de mim, tinha certeza que se esse rio conseguisse passar e me limpar ao mesmo tempo, eu estaria integrado numa verdade relativa, como uma pequena porta que me levaria a conhecer espaços mais profundos. Sentia que estava na ponta de um iceberg e que a maior parte dos mistérios da vida eram desconhecidos para mim, minha necessidade de conhecimento era como uma ferida aberta dentro de mim.
Aquela noite meditei profundamente em coisas simples, queria realmente que alguma coisa maior enviasse uma luz de consciência até mim. Senti nessa hora que  meu lado espiritual ganhava terreno e que logo os problemas da vida e da existência davam lugar à tranqüilidade do mar e suas ondas rítmicas. O som do mar foi entrando dentro de mim, e em pouco tempo eu estava totalmente relaxado, de olhos fechados, acordado, mas sentindo uma paz e tranqüilidade que nunca tinha experimentado na minha vida. Que maravilhosa sensação, pensei, pela primeira vez estou conseguindo relaxar e experimentar este estado da alma que tantos místicos descrevem e que poucos simples mortais alcançam. Não queria pensar em nada que atrapalhasse este estado de graça que tinha alcançado através dos questionamentos e do sentir da minha própria existência. Sentia que meu corpo todo se estremecia e que uma poderosa força benevolente me trasladava a espaços maravilhosos...

Ainda estava sentado na cadeira de praia, deixei-me levar pela sensação agradável e cômoda, sentia que meu corpo todo recebia uma energia espiritual diferente e poderosa, era como se meu corpo vibrasse num ritmo diferente. De repente, senti a necessidade de abrir os olhos, e minha surpresa não podia ser maior! Estava flutuando no espaço, acima do prédio do meu apartamento, subindo como se uma estranha força me levasse. O movimento era tão perfeito na sua dinâmica que não sentia que eu estava subindo, me parecia que tudo o mais estava descendo! Eu estava de pé, subindo, totalmente consciente de que algo fantástico e jamais imaginado estava acontecendo comigo. Por um instante pensei que poderia talvez estar morrendo e que teria deixado meu corpo físico embaixo, olhei para baixo e não consegui mais ver meu apartamento, ele se confundia com os outros prédios, as luzes da cidade davam uma visão incrível. Devo confessar que em nenhum momento senti qualquer tipo de medo ou preocupação, ao contrario, estava em um estado de imensa felicidade, parecia que todas as preocupações tinham desaparecido, tanto assim que pensei que se eu tinha morrido e a morte era assim, era algo maravilhoso!  Ainda subindo, sentia a presença de duas figuras, dois seres espirituais que estavam atrás de mim, mas quando virava a cabeça não conseguia ver ninguém, porém a sensação de que eles estavam lá era clara. Atravessamos algumas nuvens e nesse momento pensei como era possível que eu estivesse no meio das nuvens, no espaço - era algo que jamais poderia ter pensado que aconteceria comigo.
Logo depois de atravessar uma suave camada de nuvens, olhei espantado, a mais ou menos 50 metros de distancia, se encontrava uma imensa nave prateada e luminosa, tinha aproximadamente 100 metros de diâmetro e na parte mais baixa, nas bordas do disco, mais ou menos 4 metros de altura até terminar em um ângulo de 45 graus , ou seja, tinha a forma dos chamados Discos Voadores, ou pratos voadores, também conhecidos como Objetos Voadores Não Identificados (OVNI) ou o mesmo em inglês Udentified Flying Objet (UFO). Senti uma felicidade muito grande quando vi essa nave, alguma coisa que não podia identificar causava esse estado dentro de mim. Lentamente fui sendo transportado até perto da nave, e quando estava mais ou menos a 50 metros de distancia do aparelho, escutei um zumbido e vi uma parte da nave se transformar em uma comporta, do tamanho de 4 metros de largura e de 2,5 metros de altura. Meus sentidos estavam totalmente alterados para melhor, sentia uma clareza de pensamentos dentro de mim e uma paz absoluta, era como se aquilo fosse algo comum para mim. Fui levado para dentro da comporta e coloquei meus pés no piso da nave. Quando isto aconteceu, senti que as duas figuras que me acompanhavam e que não conseguia ver, somente sentir, passavam à minha frente. Em seguida, a comporta que estava atrás de mim e que era por onde tinha entrado, fechou lentamente e outra comporta se abriu para o interior da nave. Um facho de luz entrou no pequeno compartimento onde me encontrava, os dois seres entraram para outro compartimento e logo a comporta se fechou novamente. Fiquei sozinho dentro daquela pequena sala da nave interplanetária - a grande aventura estava só começando.


CAPITULO 2
DENTRO DA NAVE - OS ANTIGOS
 
Olhei à minha volta, uma sensação de paz e harmonia me fez sentir uma intensa felicidade. Não podia entender como era possível tudo isso. Era como se tudo aquilo fosse de uma familiaridade incomparável. Meu corpo estava vibrante de energia, olhei minhas mãos e notei um estranho brilho que emanava de todo meu corpo. O pequeno lugar onde estava tinha muitos aparelhos eletrônicos, luzinhas que piscavam e estranhos painéis nas paredes. Uma luz que não tinha um lugar certo de origem  iluminava suavemente o local, era como se as paredes emitissem uma claridade, da mesma forma que o chão, que era também de cor gris metálico, todo ele com desenhos de esferas simétricas. O efeito de tudo isso era  extraordinário, minha roupa continuava a mesma que usava poucos momentos antes, com a diferença que também emitia um suave brilho.  Meus pensamentos praticamente não existiam, uma surpreendente clareza mental tomava conta de mim. Passaram-se alguns minutos e comecei a sentir uma vibração na cabeça, estranhos barulhos ecoavam dentro de meu cérebro, pelo menos era isso que estava sentindo - era como o barulho de emissoras de radio sendo sintonizadas em onda curta, vários apitos agudos de freqüências  e logo vozes em diferentes idiomas da Terra: inglês, alemão, francês, espanhol, português, entre as que pude reconhecer. Estas vozes faziam um eco dentro da minha cabeça e logo tudo silenciou. Uma vibração diferente agora percorria todo o meu corpo de cima para baixo e de baixo para cima, era uma sensação agradável, como um frescor que me deixava ainda mais à vontade dentro dessa estranha nave intergaláctica. Fiquei sabendo depois que tudo isso era uma preparação para eu poder entender a comunicação e para poder ver os ocupantes da espaçonave.
A comporta abriu-se à minha frente e uma luz branca mais forte iluminou o local. Senti que tinha que entrar... Senti, porque como falei anteriormente, não existia pensamento, era algo estranho porque eu realmente não escutava meus pensamentos, simplesmente atuava, era como se um poder maior que minha mente dirigisse meus atos. Atravessei a comporta e entrei numa sala mais ampla. Vi algumas mesas de comando, uns tipos de painéis de controle se encontravam no meio e muitos outros painéis perto das paredes que eram côncavas, ou seja, não existiam  cantos ou ângulos retos - a união da parede com o teto era  redonda, o espaço entre o chão e o teto não passava de 3 metros, a sala toda tinha mais ou menos 40 metros quadrados. Entre as mesas, os painéis e o teto, existia uma parte das paredes que era como um vidro gris brilhante, também côncavas. A atmosfera dentro da nave era perfeita com uma temperatura media de 22° Celsius e um ar que refrescava meus pulmões me deixando com uma energia extraordinária. Estava nesses momentos num estado de paz e tranqüilidade total. Logo, uma nova comporta, que até aquele momento eu não tinha notado, abriu-se numa das paredes do espaço onde eu me encontrava. A largura da comporta permitia que 3 pessoas caminhassem uma ao lado da outra folgadamente e foi então o que aconteceu para minha surpresa: três  seres entraram tranquilamente e pararam a uns 4 metros de distancia.
O impacto vibratório em mim foi extraordinário, a presença destas 3 figuras fez com que minha consciência se expandisse, e uma energia amorosa que jamais tinha experimentado bateu no meu centro cardíaco. O efeito instantâneo foi que senti um amor imensurável por aqueles seres, mas não somente  por eles, senti um carinho por tudo, pelo planeta, pela humanidade, pelos animais, pelas plantas, ou seja, por todo o universo. Era o estado pelo qual sentia uma nostalgia permanente na Terra, senti que alguma coisa tinha mudado dentro de mim, senti que jamais voltaria a ser o mesmo, uma lembrança sideral, um momento cósmico tinha acordado dentro de mim. Eles me olharam sorridentes, me senti em casa, como se essa fosse minha verdadeira família cósmica. Senti que amava esses seres como se fossem a família que sempre quis ter na Terra.
Eram 2 homens e uma mulher, os 3 de uma extraordinária beleza física, os homens com cerca de 1,90m de altura e a mulher com aproximadamente 1,70, vestiam roupas coladas ao corpo, macacões como se fossem de um plástico brilhante e alguns símbolos no peito que denotavam o grau de conhecimento dentro da nave, de pele branca e cabelo loiro muito fino que caía solto sem chegar a tocar os ombros, olhos grandes de uma cor azul-cinzento, amendoados. Eram seres humanos perfeitos, os olhos eram muito expressivos. A mulher era mais bonita ainda e emitia uma energia amorosa extraordinária. Ficamos parados nos olhando, senti que uma energia saía deles e vinha até mim e em fração de segundos compreendi que eles estavam se comunicando comigo. A comunicação foi instantânea, eu senti tudo o que eles me falaram, não era um processo mental, eu simplesmente já sabia tudo só pelo fato de estar na frente deles. Era como se a energia da comunicação batesse em qualquer lugar de meu corpo e me transmitisse sem palavras o que eles queriam, não existia voz nem pensamento no processo, era algo mais que telepatia, era como essência sendo transmitida de ser para ser de forma imediata. Quando tentei articular uma pergunta através de um pensamento linear, antes de completar a idéia no mental, eu já recebia a resposta completa. Era uma forma de comunicação extraordinária, não dava margem nem para a gente pensar. Esta forma de comunicação ficou durante um tempo ativada em mim, depois que voltei para a Terra.
Não precisei me apresentar, parecia que eles já me conheciam de longo tempo, comunicaram que se sentiam felizes pelo nosso encontro e que finalmente a oportunidade tinha se apresentado. Muitos parâmetros tinham que ser considerados para que esse contato se efetuasse, a posição do planeta, das esferas de energia que protegem o planeta, de outros artefatos colocados na órbita da Terra por outros seres e considerar as recomendações dos diferentes Conselhos que estão tomando conta do processo planetário nas diferentes densidades existentes nesta Matriz de Tempo. Explicaram-me que, quando os seres alcançam um nível de consciência e conhecem as Leis que atuam nos sistemas planetários, estas devem ser respeitadas para não provocar quebras no espaço-tempo, alterando assim, algumas linhas temporais, causando desequilíbrios muito grandes na vida planetária, difíceis de consertar depois. Em poucos instantes a história planetária desfilava na minha consciência, muitas naves e intervenção aberta extraterrestre faziam parte dessa história, parecendo que uma grande biblioteca se abria para o meu conhecimento.

Quando tentei perguntar quem eram eles e de onde vinham, falaram que seria difícil explicar, mas que existiam não somente universos nos planos materiais e físicos, mas também em outras esferas paralelas, onde o homem ainda não tinha consciência, explicaram que a verdadeira vida se dá nos mundos que estão fora das áreas alternativas, mas que todas as áreas coexistem praticamente nos mesmos espaços. Explicaram que o ser humano tem todas as ferramentas para descobrir essa vida superior.

Finalmente saímos de nosso planeta Terra, pelo que pude observar pelas grandes telas ativas dentro da sala de navegação.
A nave se apresentava para mim como um veiculo extraordinário, com capacidade de viajar  ou,  melhor que isso, de se tele transportar no espaço de uma forma inconcebível para a mente humana (comum).
Explicaram-me que as naves usam as dobras do espaço-tempo, sendo que para explicar de uma forma mais fácil, mostraram-me uma área de uma galáxia desconhecida, totalmente mapeada com linhas azuis luminosas. Em cada intersecção dos pontos da grade, existia um nódulo emissor que, se conectado com outros nódulos receptores, ativava um portal estelar. Este portal uma vez ativado permitia a passagem instantânea para o ponto demarcado em qualquer lugar do universo. Eles mostravam tudo isto nas gigantescas telas de vidro opaco que se encontravam acima dos painéis de controle, é claro que não era vidro, mas sim, um material plasmático que refletia as imagens de uma forma tão real que no início pensei que era uma janela que se abria para outro espaço da nave. Só então, quando percebi que a imagem ficava longe e que logo mudava novamente, notei que era uma imagem de algo que estava realmente longe, uma imagem tão perfeita que parecia real, ou seja, eu a via em todas as dimensões de uma cena real. Dentro da nave parece que o tempo não transcorria da mesma forma conhecida, a sensação de paz e harmonia perfeita me fazia esquecer que existia alguma limitação de qualquer tipo. Caminhamos dentro da nave, a tripulação não era muita, mas todos eles com um conhecimento extraordinário na sua área de atuação.  Durante todo o tempo que estive na nave, que me pareceu em tempo terrestre como se fossem semanas, principalmente pelos fatos que aconteceram, não lembro de ter sentido fome, ou qualquer outro tipo de sensação ou necessidade fisiológica tão comum aqui na Terra,  era como se meu corpo estivesse se auto-abastecendo de energia constantemente, e de fato, ele emitia uma tênue luz, acredito que pela atmosfera interna da nave ser altamente ionizada ou por algum outro sistema desconhecido (para nos) que estava ativado.

A nave tinha vários níveis onde se destacavam os comandos da própria nave, os outros níveis mais pareciam locais de estudos com grandes telas e uma infinidade de aparelhos onde eram feitas pesquisas sobre o próprio universo. O curioso era que a tripulação, todos eles vestindo o mesmo uniforme com a única diferença nos símbolos e algumas cores dos cintos, em sua maioria parecia não se importar comigo, era como se todos eles já me conhecessem há muito tempo, às vezes alguns deles se dirigiam a mim com muito respeito e a sensação na comunicação sempre era de paz e harmonia infinita.
Foi transmitido da forma como expliquei anteriormente mais detalhes sobre o tipo de propulsão que era usada pelas naves. Eles explicaram que o Universo está totalmente cheio de energia e que todos os sois físicos estão conectados aos sois etéricos que contribuem para alimentar uma rede de pura energia que, se for canalizada de forma harmoniosa, sem alterar o equilíbrio da Rede, proporcionam a energia necessária para a movimentação da nave nas diferentes densidades. Explicaram-me que a nave tem uma energia própria que permite que ela atue em determinadas situações, como um piloto automático com um determinado nível de consciência, e que esta consciência ou energia é colocada pelos criadores destas naves, engenheiros siderais provenientes das regiões centrais do Grande Universo. A nave sempre vai ter energia suficiente, pois o sistema se realimenta constantemente do próprio espaço etéreo cósmico. Eles explicaram que existem Leis relativas a cada sistema ou campo de realidade e que, dependendo da densidade, mais Leis vão afetar o planeta e suas humanidades e que as naves não podem entrar nos sistemas sem conhecer essas Leis. Explicaram também que vivemos em um universo alternativo, é como se estivéssemos metade na luz e metade na sombra. Por causa disto tínhamos que nos alimentar ainda, pois quando se mora dentro das esferas luminosas do grande universo a energia chega a todos, e por igual.
Disseram que o planeta Terra era extremamente importante por causa de uma serie de fatos que tinham acontecido aqui e que tinham deixado muitos seres portadores de  conhecimento de certa forma presos em um nível de densidade fixo. Esta matriz de tempo passou então a ser usada por raças que não estavam absolutamente alinhadas com a grande Luz, bem ao contrario, fomos de certa maneira usados por estes seres de uma forma pouco agradável. O mais importante era que isso já tinha acontecido há alguns milhares de anos passados e que hoje nos encontrávamos em uma situação totalmente diferente, que apesar de não ser a melhor, existia a probabilidade de aproveitar um grande ciclo cósmico de 100.000 anos que se fechava agora e outros  ciclos menores de 26000 anos que tem a ver com a órbita do sistema solar passando pelas constelações e com os ciclos de tempo, considerando um continuum de tempo e simultaneidade. Mesmo assim isto não assegurava a saída desta matriz de tempo, devido aos muitos controles colocados pelos “pseudodeuses”, que ainda estavam em funcionamento. A única saída possível aconteceria se o próprio ser modificasse sua estrutura atômica material e isto não tinha nada a ver com religião ou algum tipo de crença, somente refletia a mais pura mecânica sideral, a mais pura física quântica espacial. Para que acontecesse esta mudança, o ser teria que se desligar dos milhares de circuitos que o mantinha preso ao planeta. Considerando que cada pessoa ou coisa que nós adotamos, energeticamente passa a ser um circuito, isto tem a ver com o apego que determinadas filosofias colocam como um empecilho para nossa evolução.

Eles explicaram para mim que os seres humanos tinham confundido muitas coisas, entre elas o significado do Amor Universal. Eles tinham condicionado esta energia a algumas coisas ou pessoas, de tal forma que o amor no planeta Terra tinha passado a ser algo difícil de entender e principalmente de se viver. Tínhamos de alguma maneira desligado este canal de energia amorosa de nosso circuito e deixado somente algumas coisas ilusórias e temporais ligadas. Isto tinha acontecido como resultado da modificação de nosso DNA, fato acontecido durante períodos passados. Se conseguíssemos religar esta energia, teríamos grandes possibilidades de avançar nesse processo todo.  Só que isto não aconteceria por milagre - teríamos que nos esforçar e estabelecer algum tipo de disciplina que nos proporcionasse uma forma de efetuar estes processos. Foi explicado que os centros de energia, conhecidos como chakras, se comportam como verdadeiros portais estelares, permitindo uma elevação de nosso quantum energético quando eles estão em perfeita harmonia.